Desejo a todos os leitores deste blog um feliz ano novo. Que em 2011 possamos continuar fazendo deste blog um ponto de encontro de pessoas que têm a coragem de discutir os problemas do nosso país.
Um grande abraço e até 2011.
Quem sou eu
- Aleksandre Saraiva Dantas
- Em um relacionamento divertido com o conhecimento, a vida, a família e a profissão docente.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Salários de deputados e salários de professores: uma infeliz comparação
Durante o programa observador político desta quinta-feira, o ex-deputado Laíre Rosado argumentava acerca da importância dos recursos recebidos pelos deputados para o pagamento de seus assessores, afirmando que os deputados precisavam de pessoas para desempenhar funções como, por exemplo, escrever seus discursos.
Em uma infeliz comparação, Laíre, que nomalmente se caracteriza pela sobriedade nos comentários, afirmou que "os salários dos professores iriam lá para cima", se juntássemos a esse salário o que é gasto com o pagamento do pessoal da secretaria, merendeiras, faxineiras etc.
O que Laíre esquece é que a faxineira ou a secretária não desempenham as funções do professor, tais como: a elaboração, aplicação e correção de avaliações; o planejamento e o desenvolvimento de atividades em sala de aula; a organização de eventos como feiras de ciências; entre tantas outras atividades.
Desse modo, é totalmente sem sentido considerar que as despesas com os demais profissionais de uma instituição de ensino devam ser contabilizadas como salário do professor, assim como seria sem sentido imaginar que aquilo que é gasto com o pagamento da segurança do congresso deva ser contabilizado como salário de um deputado.
Torço para que Laíre reveja suas opiniões acerca da remuneração dos professores e perceba o quanto esses profissionais são mal remunerados e desvalorizados em nosso país, pois ele é um formador de opinião que está presente na mídia diariamente.
Além disso, espero que sua esposa, que é deputada federal, sua filha, que é deputada estadual, e o seu filho, que é vereador, tenham conciência de que a remuneração dos professores não dá a essa profissão a dignidade e a respeitabilidade que ela merece, já que os três ocupam funções públicas que os permitem contribuir para uma mudança na situação da remuneração dos professores, a nível federal, estadual ou municipal.
Lembre-se: pague um milhão de reais por mês a um político qualquer (deputado, senador, vereador etc.) e você verá que a situação do país não mudará. Por outro lado, pague um salário de R$ 3000,00 a um professor em início de carreira e lhe dê condições adequadas de trabalho e você verá muita coisa boa acontecer no nosso país.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Tratamentos para "reverter" homossexualidade viram moda na Argentina
A proliferação dos chamados tratamentos de "restauração sexual" que pretendem "reverter" homossexuais acendeu a luz de alerta no Instituto Nacional contra a Discriminação (Inadi) da Argentina, o único país latino-americano que reconhece o casamento igualitário.
As oficinas e cursos de capacitação sobre orientação sexual levaram algumas organizações sociais argentinas que estudam empreender ações legais por considerar seu conteúdo "discriminatório".
No meio da polêmica, Analia Mas, diretora da área jurídica do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), lembra que o objetivo de "curar o homossexual" viola o primeiro artigo da Lei contra a Discriminação.
O chamado Ministério de Restauração Sexual da Igreja da Cidade oferece cursos de educação sexual em nível básico e avançado.
"É uma educação sexual integral, emocional e espiritual com valores religiosos e princípios de vida básicos", explica à agência Efe, Adriana Sanz, capacitadora do centro que oferece cursos em diferentes pontos do país.
Sanz afirma que os homossexuais representam uma "porcentagem grande" e que vão à instituição para superar problemas sexuais. "Se alguém sente que a homossexualidade é problema, lhe causando dor, damos recomendações e múltiplas soluções para mudar", afirma a professora.
"A homossexualidade não é uma doença, é um desvio sexual. Se aprendemos a função sexual, então podemos corrigir todos os desvios", declarou Sanz em seu site.
Outro grande centro de restauração sexual na Argentina é a Fundação Pró Integração e Saúde Sexual, que organiza cursos e tratamentos em Buenos Aires para pessoas "em conflito com sua sexualidade", afirmou Magali Luengas, psicóloga da instituição, à agência Efe.
A maioria de seus clientes tem entre 18 e 30 anos e vão à entidade para tratar, entre outros assuntos, uma "orientação homossexual que consideram prejudicial para eles mesmos".
Segundo Esteban Paulón, presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (FALGBT), a maioria das pessoas que procuram estes tratamentos são adolescentes conduzidos por seus pais.
As oficinas e cursos de capacitação sobre orientação sexual levaram algumas organizações sociais argentinas que estudam empreender ações legais por considerar seu conteúdo "discriminatório".
No meio da polêmica, Analia Mas, diretora da área jurídica do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), lembra que o objetivo de "curar o homossexual" viola o primeiro artigo da Lei contra a Discriminação.
O chamado Ministério de Restauração Sexual da Igreja da Cidade oferece cursos de educação sexual em nível básico e avançado.
"É uma educação sexual integral, emocional e espiritual com valores religiosos e princípios de vida básicos", explica à agência Efe, Adriana Sanz, capacitadora do centro que oferece cursos em diferentes pontos do país.
Sanz afirma que os homossexuais representam uma "porcentagem grande" e que vão à instituição para superar problemas sexuais. "Se alguém sente que a homossexualidade é problema, lhe causando dor, damos recomendações e múltiplas soluções para mudar", afirma a professora.
"A homossexualidade não é uma doença, é um desvio sexual. Se aprendemos a função sexual, então podemos corrigir todos os desvios", declarou Sanz em seu site.
Outro grande centro de restauração sexual na Argentina é a Fundação Pró Integração e Saúde Sexual, que organiza cursos e tratamentos em Buenos Aires para pessoas "em conflito com sua sexualidade", afirmou Magali Luengas, psicóloga da instituição, à agência Efe.
A maioria de seus clientes tem entre 18 e 30 anos e vão à entidade para tratar, entre outros assuntos, uma "orientação homossexual que consideram prejudicial para eles mesmos".
Segundo Esteban Paulón, presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (FALGBT), a maioria das pessoas que procuram estes tratamentos são adolescentes conduzidos por seus pais.
Fonte: folha.com
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
E se as lojas não abrissem em dezembro?
O questionamento acima me leva a crer que não teríamos Natal. Seguramente, não nesse formato.
A razão cristã alardeada como motivação para a existência da festa (incompreensível para mim, diga-se de passagem) está cada vez mais relegada ao segundo plano.
A relação intrínseca das ofertas de fim de ano nas lojas e a festa natalina são quase imperceptíveis, por se configurarem uma realidade habitual pautada notadamente na mídia televisiva. Consideramos natural aquilo que é uma mera construção mercantilista revestida em parte de festividade religiosa, que invade, literalmente, nosso cotidiano. E a religião nesse caso (e em outros tantos) serve muito bem aos propósitos do mercado.
A festa é caracterizada, em parte, pela ansiedade que a época gera nas crianças das mais variadas idades e classes sociais. A suposta espera pela chegada do bom velhinho se mistura ao desejo de receber o presente sonhado. Temo que a realidade, por trás desse cenário angelical, demonstre que a verdadeira espera seja a que os adultos cultivam. Fundamentalmente, a da chegada do 13º salário (que com certeza não desce pela chaminé) que servirá para quitar dívidas, renovar o guarda-roupa e modernizar alguns já surrados utensílios pessoais e domésticos. E até atender, quando possível, ao anseio dos pequeninos.
A opressão da mídia nessa época invade as mentes, especialmente de crianças, fornecendo-lhes um infinito e ilusório manancial de possibilidades, onde os brinquedos automáticos, que preenchem o imaginário infantil, dão lugar na vida real a bonecas e carrinhos de plástico inanimados, causando duplo estrago, frustração em quem recebe e angústia em quem presenteia.
E aí vem uma outra pergunta. E se o Natal, de fato, não existisse?
Pondero, pelo lado positivo do hipotético episódio, que teríamos menos angústia e decepção em muitos lares. A realidade da festa não se dissemina na mesma proporção nas diferentes residências espalhadas pelos mais variados rincões desse nosso país continental, nem do ponto de vista da ceia e tampouco da famigerada troca de presentes, mas a mídia que se propaga relativa à festa é exatamente a mesma para todos. Basta que se possua uma televisão e todos, indistintamente, estarão expostos ao apelo comercial revestido de festa de natal.
Como a festividade acaba por valorizar, e até mesmo medir, o potencial mercantil de cada um, perde-se a essência daquilo que poderia ser um encontro pautado em valores bem mais sólidos como estima e amizade fraterna. Então, proponho mudanças.
Para alguns a proposta de mudança custaria muito pouco, apenas seria a extensão de seu modo de viver, exatamente como todos os outros dias do ano.
Em contrapartida, para outros seria um verdadeiro transtorno, pois não haveria possibilidade de ir ao comércio adquirir um punhado de afeto para presentear, pois, por mais dinheiro que se possua, não há afeição à venda. Melhor então, nesse caso, se contentar (fazendo de conta que isso preenche esse espaço) em comprar, por exemplo, um Blackberry, com tecnologia 3G, Wi-Fi, GPS integrado, com teclado Qwerty, câmara de 2MP com zoom de 5x, filmadora, MP3 Player, Estéreo 2.0 e Bluetooth. Seja lá o que isso signifique para a maioria dos mortais.
Quando questionados sobre a importância da festa, normalmente os cristãos saem em sua defesa em virtude da obrigatoriedade da comemoração do natalício daquele que acreditam ser o filho de deus, mas mesmo entre a maioria dos cristãos a festa assume a mesma conotação mercantilista. Não há muita diferença comportamental dos que crêem ou não nessa motivação para a festa. Todos que podem, comem peru e brindam (?) com uma Champagne Moet&Chandon.
Os que não podem... bem, os que não podem desejam poder. Como bem descreveu Mário de Andrade em seu conto O Peru de Natal (1947):
“... Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles, já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas e nozes [...], empanturrados de castanhas e monotonias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando isso que arrebentei com uma das minhas "loucuras": – Bom, no Natal, quero comer peru.”
Quem sabe Mário de Andrade quisesse revelar, com sua frase emblemática: “– Bom, no Natal, quero comer peru.”, a necessidade que todos temos de romper com nosso cotidiano, mesmo que temporariamente, e nos aproximarmos de uma vida que não é a nossa, e naquele débil espaço de tempo termos uma inútil sensação de alívio, pois a vida real que a maioria possui é repleta de descoloridas responsabilidades e incessantes deveres. Quem sabe?
Muitas pessoas mundo afora não comemoram a festa de natal, por razões distintas, mas muitas se reúnem nessa época com o intuito de renovar sua amizade e demonstrar amor pelos que lhes são caros. Muitos não valorizam a troca de presentes como forma de demonstrar consideração por alguém, mas o fazem com palavras e atitudes ao longo do ano e em função de seu relacionamento, sem previsão de data ou local para que se compartilhem os sentimentos que fazem tão bem a todos os envolvidos, sejam estes crianças ou adultos.
Penso que poderíamos justificar uma mudança no nosso comportamento no período destinado ao citado festejo pensando em nossa saúde, pois pesquisas apontam que possuir amigos se traduz em benefícios à saúde de quem os cultiva, ou seja, partiríamos do pressuposto que todos querem viver mais e melhor. Assim, poderíamos eleger a temática da amizade para ser desenvolvida ao longo de todos os meses do ano e ser celebrada na data que hoje é ocupada pela desgastada festa de natal.
Arrisco-me em dizer que até o suposto filho do altíssimo aceitaria a troca.
Cogito essa possibilidade em um quase devaneio, pensando que isso poderia ser factível e extensível a todos. Pais, filhos, irmãos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e até dos transeuntes que encontramos de passagem nesse mundo acelerado em que vivemos. Para alguns demonstraríamos de forma inequívoca afeto e consideração, para outros bastaria um aceno e um sorriso sincero de nossa parte, significando minimamente uma atitude de cordialidade e educação. A festa, que seria contínua, passaria a ter um novo e apropriado contexto.
A temática não possui data específica, não possui local para ser exercida e não exige uma comida típica, a lanchonete da esquina poderá servir bem ao propósito, e os presentes poderão ser os mais diversos e simples possíveis como uma palavra, que nada custa, seria somente a tradução livre de um sentimento instantâneo, ou até mesmo uma atitude de gentileza como abrir uma porta ou puxar uma cadeira. Além disso, seria dinâmico, pois podemos construir novas amizades e ampliar a pretensa festa a cada novo ano.
Os amigos são a extensão de nossas famílias, mas com a regalia de poder ser a família que se escolhe. E por incrível que pareça, somos capazes de escolher amigos mesmo percebendo seus defeitos (que todos temos), mas por valorizarmos suas virtudes que sempre suplantarão os defeitos que porventura tenham. Amigos ensinam a sermos mais tolerantes, a respeitarmos as diferenças e conviver em harmonia.
A festa de fim de ano poderá então ser reflexo daquilo que cristãos, ou pessoas que possuem qualquer outro tipo de crença, ou não possuem crença alguma, entendem possuir indiscutível valor e importância, os amigos que temos em nossa família e aqueles que construímos e fortalecemos ao longo de nossas vidas.
Teríamos uma festa possivelmente mais verdadeira, que não mais dependeria da mídia e do comércio para alimentar alegrias convenientes e amabilidades fabricadas na Malásia. Com isso as lojas, tão imprescindíveis para a manutenção da festa no atual formato, até poderiam fechar no mês de dezembro.
Não nos fariam a menor falta.
Contribuição do amigo Valdemberg M. N. Pessoa
domingo, 19 de dezembro de 2010
Projeto concede aos professores reajuste salarial igual ao de parlamentares
Depois do reajuste vergonhoso que Deputados Federais e Senadores concederam aos seus próprios salários, os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS) apresentaram nesta quinta-feira (16), projeto de lei que estende o mesmo percentual de reajuste salarial concedido aos parlamentares do Congresso Nacional aos professores da educação básica das escolas públicas brasileiras.
Com o aumento de 61,78% dos parlamentares, aprovado nas duas Casas do Congresso, o piso salarial dos professores passaria de R$ 1.024,00 para R$ 1.656,62. Para Cristovam, a desigualdade salarial entre os parlamentares - que pelo projeto aprovado nesta quarta-feira (15), passarão a receber R$ 26,7 mil - e os professores é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com conseqüências desastrosas para o futuro do Brasil.
Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá que o Senado dê uma demonstração mínima de compromisso com a melhoria da qualidade da educação das crianças brasileiras, o que contribuirá, segundo ele, para melhorar a credibilidade da Casa frente a opinião publica.
Os professores deveriam pressionar o congresso objetivando a aprovação deste novo piso salarial, qua ainda está longe de oferecer uma remuneração digna e proporcional à importância da profissão docente para o país.
Mas, fico me perguntando se a maioria dos professores ao menos sabe deste projeto de lei, já que estão sempre ocupados correndo de uma escola para outra e, neste período do ano, estão na maior correria corrigindo avaliações, desenvolvendo atividades de recuperação, encerrando diários etc.
Para finalizar, gostaria de lembrar que, hoje, um Deputado Federal ganha o salário de 26 professores. Além disso, todos nós sabemos que esse salário é apenas uma pequena parte de tudo que a sociedade gasta para manter um "valoroso" deputado e sua turma de cabos eleitorais.
Se o novo piso dos professores for aprovado, um Deputado Federal irá ganhar o salário de 16 professores, o que demonstra que o caminho rumo à valorização real dos profissionais da educação ainda será bastante longo.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Nesta quarta-feira, o congresso nacional deu um show de eficiência na aprovação de um projeto. Pena que toda essa eficiência serviu apenas para que deputados e senadores aumentassem seus próprios salários, junto com os salários do presidente da república e dos ministros de Estado.
Todos irão receber salários equivalentes aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, fixados em R$ 26.723,13.
O deputado Francisco Everardo (tiririca) estava por lá e comemorou o aumento.
De forma totalmente irresponsável, deputados e senadores aprovaram um aumento que terá um impacto de 2 bilhões de reais por ano nas contas públicas, já que salários de deputados estaduais e vereadores têm salários vinculados aos salários dos deputados federais.
Três senadores se manifestaram contra o aumento salarial. A senadora Marina Silva (PV-AC) apontou a baixa média salarial do país e a necessidade de corte de gastos públicos. Marina justificou sua posição dizendo que o momento atual é de grave crise econômica global e que, embora o Brasil não tenha sido "dramaticamente afetado" por seus efeitos, nenhum trabalhador recebeu aumento da ordem de 60%, como o que estava sendo proposto para os parlamentares e integrantes do Poder Executivo.
- Gostaria de manifestar minha posição contrária. O mais correto seria um ajuste equivalente à inflação, como defende o PSOL - declarou Marina.
O líder do PSOL, senador José Nery (PA), apresentou voto contrário do partido - Não tivemos a mesma coragem e determinação para aprovar o reajuste do salário mínimo para R$ 580 por mês. O governo e sua representação no Congresso não permitiram que [o aumento do mínimo] fosse de acordo com a inflação - criticou.
O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), disse concordar que há defasagem no salário dos parlamentares, mas que o aumento só seria plausível se viesse com um corte das verbas de gabinete.
Fonte: Agência Senado
Problemas na formação dos médicos
533 alunos de medicina de São Paulo prestaram o exame do Conselho Regional de Medicina e apenas 85 foram aprovados. O exame não é obrigatório e essa foi a maior reprovação desde que a avaliação foi criada, em 2005.
Na primeira etapa, 43% foram reprovados. Na segunda etapa, foram 68% que não passaram, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.
Na primeira etapa, 43% foram reprovados. Na segunda etapa, foram 68% que não passaram, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.
O conselho reivindica a criação de um exame nacional unificado em todas as universidades, para medir a qualidades das instituições de ensino e, de forma obrigatória, habilitar ou não um estudante para o exercício da profissão, como já ocorre com advogados. Ele considera o Enade insuficiente para avaliar as escolas de medicina do país.
"Não é possível que um indivíduo exerça a medicina sem estar qualificado, só porque pagou ou fez seis anos", disse Bráulio.
Para ele, um dos fatores para o aumento de denúncias contra médicos _ que hoje giram em torno de 4.500 ao ano_ é a má qualificação dos médicos, desde a formação técnica até o comportamento profissional.
"Não é possível que um indivíduo exerça a medicina sem estar qualificado, só porque pagou ou fez seis anos", disse Bráulio.
Para ele, um dos fatores para o aumento de denúncias contra médicos _ que hoje giram em torno de 4.500 ao ano_ é a má qualificação dos médicos, desde a formação técnica até o comportamento profissional.
Se em São Paulo é assim, imaginem o que acontece no resto do país e, especialmente, no RN.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Novo Plano Nacional de Educação
O ministro da Educação, Fernando Haddad, entregou nesta quarta-feira, 15, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) que irá vigorar na próxima década. O documento de 14 páginas estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. Cada uma delas é acompanhada de estratégias para que se atinjam os objetivos delimitados. Algumas determinações já foram previstas em leis aprovadas recentemente ou fazem parte do PNE ainda em vigor.
Pelo menos 20% das metas tratam diretamente da valorização e formação dos profissionais do magistério. Entre elas, a garantia de que todos os sistemas de ensino elaborem planos de carreira no prazo de dois anos, que todos os professores da educação básica tenham nível superior e metade deles formação continuada com pós-graduação com a previsão de licenças para qualificação. O PNE ainda determina que o rendimento médio do profissional da educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com escolaridade equivalente.
O plano inclui metas de acesso à educação infantil, ensino médio e superior. Ele reafirma a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada neste ano que determina a universalização da pré-escola até 2016 e acrescenta que 50% das crianças de até 3 anos devam ter acesso à creche até 2020, patamar que já estava apontado no atual PNE mas não foi atingido. Hoje, esse atendimento é inferior a 20%.
No ensino superior, o PNE estabelece que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados nesta etapa hoje esse percentual é inferior a 15%, longe da meta de 30% que havia sido estabelecida no plano aprovado em 2001. Considerando toda a população, a taxa de matrícula deverá atingir 50% até 2020. No ensino técnico a matrícula deverá ser duplicada. O plano também determina que se atinja a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Outra meta é que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade e o analfabetismo na população com mais de 15 anos erradicado até o fim da década essa última também já estava prevista no PNE em vigor, mas a taxa ainda é de 9,7%. A educação em tempo integral deverá ser oferecida em 50% das escolas públicas e os cargos de direção ocupados mediantes critérios técnicos e mérito. Hoje é comum que os diretores sejam indicações políticas das Secretarias de Educação.
O Ministério da Educação (MEC) também incluiu no documento as metas de crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que funciona como um termômetro da qualidade da educação. Até 2021, o País deverá atingir média 6 em uma escala de 0 a 10 em 2009 a nota foi 4,6. Como Haddad já havia adiantado, o plano inclui a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área.
O presidente Lula encaminhará o projeto de lei ao Congresso Nacional que começará a discussão do texto na próxima legislatura. A previsão é que o novo PNE possa ser aprovado até o fim do primeiro semestre de 2011.
Fonte: estadao.com.br
Pelo menos 20% das metas tratam diretamente da valorização e formação dos profissionais do magistério. Entre elas, a garantia de que todos os sistemas de ensino elaborem planos de carreira no prazo de dois anos, que todos os professores da educação básica tenham nível superior e metade deles formação continuada com pós-graduação com a previsão de licenças para qualificação. O PNE ainda determina que o rendimento médio do profissional da educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com escolaridade equivalente.
O plano inclui metas de acesso à educação infantil, ensino médio e superior. Ele reafirma a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada neste ano que determina a universalização da pré-escola até 2016 e acrescenta que 50% das crianças de até 3 anos devam ter acesso à creche até 2020, patamar que já estava apontado no atual PNE mas não foi atingido. Hoje, esse atendimento é inferior a 20%.
No ensino superior, o PNE estabelece que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados nesta etapa hoje esse percentual é inferior a 15%, longe da meta de 30% que havia sido estabelecida no plano aprovado em 2001. Considerando toda a população, a taxa de matrícula deverá atingir 50% até 2020. No ensino técnico a matrícula deverá ser duplicada. O plano também determina que se atinja a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Outra meta é que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade e o analfabetismo na população com mais de 15 anos erradicado até o fim da década essa última também já estava prevista no PNE em vigor, mas a taxa ainda é de 9,7%. A educação em tempo integral deverá ser oferecida em 50% das escolas públicas e os cargos de direção ocupados mediantes critérios técnicos e mérito. Hoje é comum que os diretores sejam indicações políticas das Secretarias de Educação.
O Ministério da Educação (MEC) também incluiu no documento as metas de crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que funciona como um termômetro da qualidade da educação. Até 2021, o País deverá atingir média 6 em uma escala de 0 a 10 em 2009 a nota foi 4,6. Como Haddad já havia adiantado, o plano inclui a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área.
O presidente Lula encaminhará o projeto de lei ao Congresso Nacional que começará a discussão do texto na próxima legislatura. A previsão é que o novo PNE possa ser aprovado até o fim do primeiro semestre de 2011.
Fonte: estadao.com.br
domingo, 12 de dezembro de 2010
Fatos da semana?
Para o site Brasil On Line (BOL) os principais fatos da semana foram o título do Fluminense, a briga entre Nelsinho e a Renaut e a parternidade de Ronaldo (mais uma).
O site esqueceu o péssimo resultado do Brasil no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), a morte de uma adolescente que recebeu vaselina no lugar de soro, as mudanças que estão sendo feitas na economia brasileira entre tantas outras notícias realmente importantes.
Para que serve uma mídia que considera a paternidade de Ronaldo mais importante do que os graves problemas da educação brasileira?
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Baixaria na Câmara de Vereadores de Mossoró: porque votamos tão mal?
Antes de perguntar qual foi a última baixaria que aconteceu na nossa Câmara de Vereadores, procure se perguntar porque nós votamos tão mal e elegemos esse tipo de gente que, na sua imensa maioria, só se preocupa com seus interesses, de seus aliados e de quem financia sua campanha.
2012 vem aí. O que você vai fazer?
Continuar trocando seu voto por algum favorzinho e eleger essa gente mesquinha ou buscar alternativas verdadeiramente interessantes para o povo de Mossoró?
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Resultado do PISA 2010 ou educação, uma vergonha nacional
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) avalia o desempenho de alunos de 15 e 16 anos de idade nas áreas de Ciências, Matemática e Leitura.
O Brasil ficou em quinquagésimo terceiro lugar na avaliação feita com 65 países. Perdendo para países como: Chile, Uruguai e México. Mas ficamos na frente do Cazaquistão e da Albânia (É para comemorar?)
Os piores resultados foram apresentados pelas escolas estaduais (Alguma novidade? Será que alguém esperava que as escolas estaduais se saíssem melhor que as particulares ou as federais?)
A desigualdade educacional entre as regiões do Brasil também ficou evidente.
Os melhores resultados foram obtidos pelo Distrito Federal e pelos estados das regiões Sul e Sudeste.
Por outro lado, os estados com pior desempenho foram: Alagoas, Acre, Amazonas, Maranhão e Rio Grande do Norte (Olha o RN aí gente!).
Para o Ministro da Educação, Fernando Haddad, a educação precisa de mais e melhores investimentos (Porque esses investimentos ainda não foram feitos?).
O Ministro cita ainda a importância de investir na formação e na valorização do professor.
Todo mundo conhece essa receita. Porque o Brasil ainda não a colocou em prática?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O crescimento e a privatização da educação superior no Brasil
As matrículas no ensino superior cresceram pouco mais de 3% entre 2008 e 2009, confirmando a tendência de estabilidade verificada nos últimos anos. É o que apontam dados preliminares do Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC). As informações completas ainda não foram divulgadas. Dos 5,95 milhões de alunos das instituições de ensino superior, 4,43 milhões estão na rede privada e 1,52 milhões nas públicas. Os números incluem estudantes de cursos presenciais e a distância.
Os dados mostram que houve uma pequena queda no número de alunos da rede pública - cerca de 30 mil a menos. Em 2008 1,55 milhões estavam matriculados. A redução se deu nas universidades municipais e estaduais, já que na rede federal houve um acréscimo de 141 mil novos estudantes no período de um ano (em cursos presenciais e a distância).
Um balanço das ações divulgado pelo MEC mostra que houve um acréscimo de quase 60% no número de vagas oferecidas nas universidades federais entre 2003 e 2009. Esse crescimento ocorreu em função do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), lançado em 2007. A previsão do MEC é que em 2012 o total de vagas oferecidas por essas instituições chegue a 234 mil.
O levantamento da pasta ressalta ainda que de 2005 a 2010, 748.788 ex-alunos de escolas públicas tiveram acesso a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Do total, 69% dos benefício eram integrais – que custeiam 100% das mensalidades em faculdades privadas. Quase metade (47%) dos bolsistas eram afrodescendentes.
Os dados mostram que houve uma pequena queda no número de alunos da rede pública - cerca de 30 mil a menos. Em 2008 1,55 milhões estavam matriculados. A redução se deu nas universidades municipais e estaduais, já que na rede federal houve um acréscimo de 141 mil novos estudantes no período de um ano (em cursos presenciais e a distância).
Um balanço das ações divulgado pelo MEC mostra que houve um acréscimo de quase 60% no número de vagas oferecidas nas universidades federais entre 2003 e 2009. Esse crescimento ocorreu em função do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), lançado em 2007. A previsão do MEC é que em 2012 o total de vagas oferecidas por essas instituições chegue a 234 mil.
O levantamento da pasta ressalta ainda que de 2005 a 2010, 748.788 ex-alunos de escolas públicas tiveram acesso a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Do total, 69% dos benefício eram integrais – que custeiam 100% das mensalidades em faculdades privadas. Quase metade (47%) dos bolsistas eram afrodescendentes.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Projeto defende isenção de taxa de estacionamento em shopings e taxa de telefonia fixa
O deputado Robinson Faria, presidente da Assembleia Legislativa, apresentou na sessão plenária da última terça-feira, dia 30, projetos de lei referentes à proibição da cobrança de estacionamento em shoppings e de tarifas básica da telefonia fixa. A expectativa é que ocorra dispensa de tramitação e os projetos sejam votados na próxima semana.
O projeto de lei que trata da proibição da cobrança de estacionamento nos shoppings do Estado estabelece que os consumidores fiquem isentos da tarifa quando efetuarem compras pelo menos 10 vezes maiores do que o valor cobrado para estacionar o veículo.
“Estabelecimentos como shoppings para serem inaugurados precisam garantir acesso aos seus clientes sob pena de amargar o fracasso comercial. Se o cliente estaciona o seu veículo para fazer valer a razão de ser desses estabelecimentos comerciais, que é a relação compra e venda, não deve ser cobrado por isso”, defende Robinson Faria.
O projeto que estabelece a proibição da cobrança do plano básico pelas operadoras de telefonia fixa vai beneficiar os consumidores que possuem telefones residenciais. Atualmente, com a tarifa do plano básico, essas pessoas pagam mesmo se não usarem um único pulso telefônico. “O consumidor deve pagar de acordo com o seu consumo. Não é justo pagar uma espécie de franquia que se antecipa ao consumo e determina se aquele cliente terá ou não telefone residencial”, reforça Robinson.
Os projetos de lei são inspirados em iniciativas já em vigor em outros Estados brasileiros, como a Bahia e fazem justiça aos consumidores do Rio Grande do Norte, que com a aprovação da lei, estarão livres para estacionar seus veículos em shoppings durante as compras e, no caso da telefonia, vai garantir uma maior democratização no acesso ao serviço.
Fonte: Na boca do mundo - http://www.nabocadomundo.com/
sábado, 4 de dezembro de 2010
CAERN: a incompetência institucionalizada
Há vários dias o bairro Costa e Silva sofre com a falta de água, o que não é nenhuma novidade.
Inconformada com a situação, minha esposa ligou para a CAERN hoje pela manhã para cobrar uma atitude da empresa.
Diante da situação emergencial, minha esposa solicitou ao servidor que a CAERN liberasse a água para que não precisássemos recorrer a carros pipa.
Porém, o irônico servidor que a atendeu disse que o problema com o poço já havia sido resolvido há alguns dias, que já havia liberado a água na noite de ontem e só iria liberar água novamente para o nosso setor amanhã à noite, de modo que não poderia fazer mais nada, pois a água não havia chegado a nossa residência porque nós moramos em uma parte alta da cidade e ele não pode lutar contra uma lei da natureza.
É inacreditável o argumento de que a CAERN não consegue fazer chegar água em casas situadas em partes mais altas da cidade. Ainda mais difícil de aceitar é o desrespeito com que essa empresa trata a população.
diante dos argumentos do servidor, deixo a seguintes perguntas:
O problema da falta de água no bairro Costa e Silva é um problema da natureza ou é fruto da incompetência da CAERN?
Será que as forças da natureza impedirão a chegada da conta de água no final do mês?
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O nível dos debates na Câmara Municipal de Mossoró
O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Claudionor dos Santos, acusou o "colega" vereador, Silveira Júnior, de ter roubado pilhas dos microfones da CMM. Revoltado com a situação, o vereador Silveira Júnior tentou se defender das acusações, afirmando que irá entrar com uma ação contra Claudionor.
É assustador ver que nessa disputa famigerada por poder dentro da CMM, vereadores que estão em lados opostos cheguem a um nível tão baixo de discussão.
Esse tipo de discussão é uma ofensa ao povo mossoroense, que gasta uma verdadeira fortuna com os salários dos vereadores e para manter o funcionamento da CMM.
Meu querido eleitor, 2012 vem aí. Por favor aprenda a votar e não deixe esse tipo de gente te representar, pois, na verdade, a maioria deles só representa a si próprio e aos seus interesses.
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