A região do País que mais sofre com a pobreza agora submerge na violência. Em uma década (1998-2008), os homicídios no Nordeste aumentaram 65%; os suicídios, 80%; e os acidentes de trânsito, 37%. Entre a população jovem foi pior: crescimento de 49% nos acidentes, 94% nos homicídios e 92% nos suicídios. Os dados estão no Mapa da Violência 2011 - Os Jovens do Brasil.
A explicação pode estar nos males que vêm com as boas notícias. Nos últimos anos, novos polos econômicos surgiram por todo o Nordeste e alguns Estados no Norte, como o Pará. Mas, enquanto chegavam o dinheiro, os empregos e mais moradores, o Estado ficava para trás. 'Há polos praticamente sem a presença do Estado', afirma Jacobo.
Falando em Português bem claro: o problema da violência nas cidades do Nordeste não se deve ao desenvolvimento econômico. A relação entre crescimento econômico e violência é uma falácia. Se isso fosse verdade, países como o Canadá, Alemanha ou Suíça teriam altos índices de violência, o que não ocorre.
Crescimento econômico gera violência quando os frutos desse crescimento ficam concentrados nas mãos de uma parcela da população. Principalmente quando o poder público não cumpre o seu papel, deixando de oferecer educação de qualidade, oportunidades de qualificação profissional e segurança para a população.
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