Estamos nos transformando em um país de gordos e obesos. Há seis anos, 2 em cada 10 brasileiros estavam acima do peso; pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia) lançada no ano passado comprova que hoje já são 93 milhões de pessoas com sobrepeso – metade da população, ou seja, a cada dois brasileiros, um está gordo.
As consequências são conhecidas e formam o fator que mais impacta a saúde pública hoje no país: doenças cardiovasculares – como a hipertensão arterial –, diversos tipos de câncer, diabetes, insuficiência renal, problemas na vesícula, nos joelhos e na coluna.
Além da insuficiência de exercícios físicos regulares, talvez as causas do problema estejam na lista de compras, ou mais precisamente na falta dela.
Especialistas apontam o consumo excessivo de alimentos industrializados como um ingredientes a engordar nossa população. Esses alimentos são justamente os que, na média, apresentam os maiores índices de gordura, calorias e sal.
Praticar o consumo consciente implica em:
- programar antes a compra, para não provocar desperdícios;
- ler atentamente rótulos e embalagens, para observar não só preço, marca e data de validade, mas também a composição do alimento;
- optar por alimentos naturais e vindos de perto;
- evitar as gorduras trans;
- preferir alimentos certificados e balancear o carrinho na feira e no supermercado procurando uma alimentação mais saudável e mais sustentável, para o consumidor e sua família.
Além da saúde, essa postura vai beneficiar o seu bolso, a economia do país, a sociedade e o planeta.
“Come-se cada vez mais na rua, onde são oferecidos alimentos processados e com baixo valor nutricional”, alerta a Márcia Alves Keller, nutricionista e coordenadora técnica do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica do Centro Educacional São Camilo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos seis anos, os gastos com a alimentação fora do domicílio, em áreas urbanas, cresceu sete pontos percentuais e hoje representa um terço (33,1%) das despesas das famílias com comida. Na área rural a participação da alimentação fora de casa é de 17,5% hoje; em 2003, era de 13,1%.
Um estilo mais saudável, indica Márcia, consiste basicamente em fazer em torno de cinco refeições diárias, aumentar o consumo de frutas e verduras, diminuir o consumo de gorduras, diminuir o consumo de produtos industrializados e de sal, além de praticar no mínimo 30 minutos de atividade física diária.
Fonte: www.akatu.org.br
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