Ao analisar a greve das Instituições Federais de Ensino, o sociólogo Alberto Almeida apresenta o slogan, greve remunerada, como forma de desqualificar o movimento reivindicatório dos profissionais da educação.
Clique aqui para ver o comentário.
Com uma análise "imparcial", típica da Band, o sociólogo procura colocar a opinião pública contra a greve argumentando que a greve é absurda e que a população terá que pagar mais impostos para pagar os professores, já que os professores continuam recebendo salários apesar de não estarem trabalhando.
Na verdade, os professores pertencem a uma das poucas categorias que, ao entrar em greve, sabem que terão que trabalhar para compensar todos os dias de paralização.
Convenientemente, o sociólogo esquece que os professores desenvolvem as atividades da cada disciplina (Matemática, Física etc.) dentro de uma carga horária específica. Desse modo, todos os professores são obrigados a ministrar um determinado número de aulas para poderem concluir suas disciplinas.
Com a greve, ocorre apenas um adiamento das atividades, de modo que essas atividades são retomadas ao fim da greve, devendo ser desenvolvidas na sua totalidade (É isso o que eu faço e espero que todos os professores também o façam, por respeito ao aluno e à sociedade que financia a educação pública).
Como mediocridade pouca é bobagem, o sociólogo ainda afirma que a universidade pública é uma instituição geradora de desigualdades, desconhecendo o importante papel desempenhado por essas instituições para o desenvolvimento das regiões onde elas estão instaladas.
Hoje mesmo, o programa Globo Universidade mostrou a importância da implantação de uma universidade na cidade de Sobral, que oferecia o curso de medicina, além de cursos de pós-graduação, no interior do Ceará.
Outro exemplo significativo pode ser visto aqui mesmo, em Mossoró. Há pouco tempo, jovens que desejavam cursar medicina ou engenharia precisavam se deslocar para Natal, o que não era possível para muitos, devido a questões de ordem financeira.
Com a expansão da UFERSA e a chegada do curso de medicina na UERN, nossos jovens podem adquirir essa formação gratuitamente, sem precisar se afastar da família.
Podemos citar ainda o campus de Mossoró do IFRN que, ao longo de 17 anos, vem formando profissionais para atuar em diversas áreas, permitindo que os nossos jovens ocupem postos de trabalho que antes eram ocupados por profissionais de outras cidades. Além disso, o campus de Mossoró vem apresentando ótimos resultados nos vestibulares e no ENEM (é o primeiro colocado entre as escolas públicas do RN, superando o campus de Natal).
Ao ver o depoimento do sociólogo, me pergunto: Como é que esse senhor não fica constrangido de fazer uso de argumentos tão pobres para defender seus pontos de vista (se é que esses pontos de vista são realmente dele)?
Fazer o quê? Infelizmente, essa é a nossa "grande mídia", pobre de espírito e de ideias.
Muito bom!
ResponderExcluir