Durante décadas o crime organizado reinou na Rocinha, implantando um clima de terror sobre seus moradores.
Preocupados com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, os dirigentes políticos do Rio de Janeiro estão desenvolvendo um projeto de pacificação de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, objetivando tornar a cidade mais segura para os turistas que aqui estarão em 2014 e 2016.
O mais impressionante foi constatar que em menos de duas horas os policiais invadiram a comunidade e prenderam traficantes, sem disparar um tiro sequer.
Esse tipo de operação não mostra apenas a competência da polícia carioca. Mostra também o desinteresse histórico em resolver esse tipo de problema, que perdurou e se fortaleceu ao longo de décadas de omissão do poder público.
Foi preciso se tornar sede dos jogos olímpicos de 2016 e local da final da copa de 2014 para que o Rio de Janeiro resolvesse encarar esse problema.
Não tenho dúvidas de que essa também é a realidade da saúde e da educação brasileira.
Os graves problemas apresentados por essas duas áreas, tão essenciais à população e ao próprio desenvolvimento do país, tem sido históricamente negligenciadas, não apenas por incompetência dos governantes, mas também por interesse em fortalecer setores da iniciativa privada que ganham fortunas vendendo saúde e educação para a deslumbrada classe média brasileira.
Ou mudamos nossos políticos ou nunca viveremos em um país decente.
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