O ministro da Educação Aloízio Mercadante participou, no final da tarde desta quinta-feira (8) do lançamento das obras de construção dos campi de Ceará Mirim, Canguaretama e São Paulo do Potengi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). A solenidade foi no Campus Natal-Central do Instituto e contou com a presença da governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, da deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN), do secretário executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes e do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antônio de Oliveira – pela primeira vez visitando um instituto federal depois de empossado na Setec/MEC.
O reitor Belchior de Oliveira Rocha fez uma apresentação sobre o projeto arquitetônico das escolas, que terão capacidade para 1200 alunos nos três turnos escolares. Eles disporão de modernas instalações, que incluem 14 salas de aula, 20 laboratórios de ciências e informática, refeitório, quadras de esportes, piscina semi-olímpica, biblioteca e auditório com capacidade para 204 pessoas. Cada escola significará um investimento de R$ 10 milhões, dos quais R$ 7 milhões serão gastos na construção e o restante no equipamento das unidades.
“Ocasiões como essa servem para que celebremos as conquistas no campo da Educação nos últimos nove anos e a principal delas é a expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica”, disse a deputada Fátima Bezerra no seu discurso.
O ministro Aluízio Mercadante agradeceu o empenho da parlamentar na criação de novos institutos federais e fez um rápido balanço das prioridades do Ministério da Educação neste governo.
Entre elas ele citou o Programa de Creches e o Programa de Alfabetização. “Precisamos alimentar bem essas crianças e alfabetizá-las na idade certa. Esse é o caminho para evitarmos a evasão escolar lá adiante”, disse o ministro. Ele falou também sobre o Pronatec, destacando a importância dos institutos federais na capacitação profissionais de oito milhões de pessoas ainda neste governo.
A governadora Rosalba Ciarlini elogiou a atuação do Ministério não só na criação de novas escolas técnicas, mas também pela atenção que vem dando aos projetos desenvolvidos em convênio com o Governo do Estado. “Aproveito que estamos aqui, lançando obras para a construção de novas escolas técnicas, para reivindicar ao ministro a tão sonhada construção do Campus Apodi da nossa Universidade Federal do Rio Grande do Norte”, pediu a governadora, que ouviu do ministro a promessa de que a questão seria estudada no Ministério.
Nota do blog: A expansão da rede federal de educação tecnológica é, sem dúvida, uma importante ação no sentido da formação de mão-de-obra qualificada para atender as demandas do mundo do trabalho.
Infelizmente, esses investimentos não são acompanhados de investimentos no salário dos professores dos institutos federais. Esses professores vêem, ano após ano, seus salários sendo corroídos pela inflação sem que haja nenhuma ação do governo federal no sentido de valorizar essses profissionais que, em sua grande maioria, prestam um serviço de grande qualidade para a população brasileira.
Para se ter uma ideia, um professor graduado, trabalhando 40 horas semanais em regime de dedicação exclusiva ao IFRN, recebe um salário de cerca de R$ 2.700,00. Se optar por não trabalhar em regime de dedicação exclusiva ao IFRN, esse salário cai para cerca de R$ 2.100,00. Muito menos do que qualquer técnico de nível médio do poder judiciário.
Se a expansão da rede é algo positivo, a valorização dos seus profissionais também é urgente e necessária.
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