Perto das 13h desta sexta-feira (22), os brasileiros terão pago R$ 800 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, segundo cálculo do "Impostômetro".
QUANDO OS R$ 800 BILHÕES FORAM PAGOS EM ANOS ANTERIORES
Ano | Data |
2011 | 22 de julho |
2010 | 22 de agosto |
2009 | 8 de outubro |
2008 | 7 de outubro |
Em 2010, a mesma marca foi atingida um mês depois (22 de agosto). Em 2009, no dia 8 de outubro e, em 2008, no dia 7 de outubro.
A previsão do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) é de que até o final deste ano seja arrecadado R$ 1,4 trilhão em tributos, cerca de R$ 200 bilhões a mais do que no ano passado (alta de 17%).
“Em todos os meses deste ano a arrecadação de impostos do governo federal bateu recordes, e os dados do semestre divulgados pela Receita Federal mostram crescimento real de 12,7%, com um aumento de R$ 77,068 bilhões sobre 2010", afirma o presidente da ACSP, Rogério Amato.
Inaugurado em 20 de abril de 2005, o Impostômetro foi desenvolvido pelo IBPT em parceria com a ACSP, onde está instalado (no centro de São Paulo).
Pela internet, qualquer cidadão pode acompanhar o total de impostos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estadual e municipal. Também é possível consultar por Estados, municípios e capitais.
O sistema informa ainda o total de impostos pagos desde janeiro do ano 2000 e faz estimativas de quanto será pago até a data indicada pelo usuário.
Fonte:BOL notícias
Nota do blog: É lamentável que uma arrecadação tão elevada de impostos não se reverta em serviços públicos de qualidade para a população.
A presidente, a governadora do RN ou mesmo a prefeita de Mossoró não são capazes de oferecer serviços essenciais como saúde, educação e segurança, com um padrão mínimo de qualidade para a população.
Quem pode, compra esses serviços na iniciativa privada, cuja qualidade também não é das melhores, salvo raras excessões.
Para a imensa maioria da população, restam serviços públicos ridículos, oferecidos por escolas e hospitais sucateados e por uma polícia incapaz de acompanhar a criminalidade crescente que toma conta do país inteiro, com destaque para a cidade de Mossoró.
Se devemos comprar tudo na iniciativa privada, porque pagamos tantos impostos?
É urgente pôr em pleno vigor um plano de ação com medidas severas de combate à corrupção no Brasil e que faça uma estimativa completa do custo econômico e das injustiças sociais causadas por essa prática que roi, corroi e destroi todo um sistema político-admonistrativo de uma sociedade. Lamentavelmente, a maioria das pessoas, embora imersa num profundo vale de misérias, não consegue perceber a necessidade de entrar na luta contra esse câncer social. Como alguns podem VER, não basta apenas ter olhos para VER – é necessário o despertar de uma consciência crítica para poder destrinçar toda essa tramoia de manobras ardilosas de manipulação. É necessário também ter um espírito combativo que seja capaz de provocar movimentos sociais de reforma nesse embate contra o peculato e outras improbidades administrativas.
ResponderExcluirÉ evidente que as forças que legitimam o status quo – os três poderes e mais um 4º - são muito fortes. Nesse sentido fica muito difícil travar um movimento social contra essa parceria entre os poderes “públicos”. A bem da verdade, é um embate muito desproporcional entre forças antagônicas como aquela narrada no Antigo Testamento das escrituras sagradas cristãs entre Davi e Golias. Assim sendo, numa sociedade “pacífica” como a nossa, o povo conta apenas com um tipo de instrumento de ataque e defesa – sua artilharia lingüística. Para tanto, nessa nossa atual conjuntura, sua principal munição SERIA o 4º poder – o midiático, trunfo e triunfo na conquista de novos horizontes.
Para reforçar mais esse meu comentário, apresentarei, abaixo, e em fragmentos sequenciais, excertos retirados de um texto sobre os males da corrupção publicado em http://www.fiesp.com.br/agencianoticias . Leiamo-los
(Excerto I)
A corrupção pode prejudicar seriamente o desempenho econômico de um país, na medida em que afeta as decisões de investimentos, limita o crescimento econômico, altera a composição dos gastos governamentais, causa distorções na concorrência, abala a legitimidade dos governos e a confiança no Estado.
Observa-se que países com maior efetividade do governo e maior eficácia das leis, relacionam-se com menores níveis de corrupção percebida do país. Elevada burocracia e a fragilidade das instituições reduzem a eficiência da administração pública brasileira, o que, aliado à BAIXA EFICIÊNCIA DO SISTEMA JUDICIÁRIO refletem o fraco desempenho institucional do Brasil e resultam em baixos índices de governança, compatíveis com o nosso nível de corrupção percebida. Também não é possível descartar que níveis mais elevados de corrupção percebida estão associados a maior risco do país. Além de prejudicar a estabilidade do ambiente de negócios, ao reduzir a atratividade do investimento produtivo, a corrupção gera consequências negativas sobre o nível do PIB per capita, índices sociais de desenvolvimento como o IDH, a competitividade e o potencial de crescimento da economia.
(Excerto II)
ResponderExcluirO custo da corrupção representa todo o montante de recursos que deixa de ser aplicado no país (seja em atividades produtivas, saúde, educação, tecnologia etc.) porque é desviado para o pagamento das práticas corruptas. Quanto maior a omissão no controle da corrupção, maior é a quantidade de recursos desviados das atividades produtivas e, portanto, maior é o custo da corrupção, pois são recursos que não se transformam em crescimento do país.
(Excerto III) As perdas econômicas e sociais do Brasil com a corrupção foram estimadas considerando um nível de corrupção percebida no país igual à média de uma cesta de países Selecionados. Se o Brasil possuísse um nível de percepção da corrupção igual a média desses países de 7,45, o produto per capita do país passaria de US$ 7.954 a US$ 9.184, ou seja, um aumento de 15,5% na média do período 1990-2008 (equivalente a 1,36% ao ano). Isto corresponde a um custo médio anual da corrupção estimado em R$ 41,5 bilhões, correspondendo a 1,38% do PIB (valores de 2008). Se o controle da corrupção fosse ainda mais rigoroso, estima-se que todos os recursos liberados da corrupção para as atividades produtivas (isto é, o custo médio anual da corrupção) chegue a R$ 69,1 bilhões (valores de 2008), correspondentes 2,3% do PIB. No entanto, este valor corresponde a um referencial teórico, em que se considera um nível de percepção da corrupção tendendo a zero, condição que não foi observada por nenhum país até então.
O custo extremamente elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento da renda per capita, o crescimento e a competitividade do país, compromete a possibilidade de oferecer à população melhores condições econômicas e de bem estar social e às empresas melhores condições de infraestrutura e um ambiente de negócios mais estável. As ações anticorrupção no Brasil devem ser focadas em duas questões principais: na criação e fortalecimento dos mecanismos de prevenção, monitoramento e controle da corrupção na administração pública e na redução da percepção de impunidade, por meio de uma justiça mais rápida e eficiente, de modo a induzir a mudança do comportamento oportunista. De modo geral, é preciso aumentar a eficiência e intensificar o combate à corrupção no país, que deve ocorrer de forma permanente, com punições severas e imediatas.
(Excerto IV) A agenda de proposta anticorrupção para o Brasil considera reformas institucionais e econômicas. Dentre as institucionais, destacamos a REFORMA POLÍTICA (grifo meu) em que é necessário reavaliar a questão da representatividade e o financiamento das campanhas eleitorais, A REFORMA JUDICIÁRIA (grifo) na qual é imprescindível a adoção de medidas que reduzam a percepção de impunidade e a REFORMA ADMINISTRATIVA com o objetivo de reduzir o poder discricionário do Executivo. Dentre as reformas econômicas, destacamos a reforma fiscal, buscando aumentar o controle sobre os processos licitatórios e os gastos públicos, a reforma do sistema tributário, a fim de torná-lo mais simples e transparente e a reforma microeconômica, visando fortalecer a independência e autonomia das agências reguladoras
Fonte: http://www.fiesp.com.br/agencianoticias
Gilmar
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ResponderExcluir(Excerto III)
As perdas econômicas e sociais do Brasil com a corrupção foram estimadas considerando um nível de corrupção percebida no país igual à média de uma cesta de países Selecionados. Se o Brasil possuísse um nível de percepção da corrupção igual a média desses países de 7,45, o produto per capita do país passaria de US$ 7.954 a US$ 9.184, ou seja, um aumento de 15,5% na média do período 1990-2008 (equivalente a 1,36% ao ano). Isto corresponde a um custo médio anual da corrupção estimado em R$ 41,5 bilhões, correspondendo a 1,38% do PIB (valores de 2008). Se o controle da corrupção fosse ainda mais rigoroso, estima-se que todos os recursos liberados da corrupção para as atividades produtivas (isto é, o custo médio anual da corrupção) chegue a R$ 69,1 bilhões (valores de 2008), correspondentes 2,3% do PIB. No entanto, este valor corresponde a um referencial teórico, em que se considera um nível de percepção da corrupção tendendo a zero, condição que não foi observada por nenhum país até então.
O custo extremamente elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento da renda per capita, o crescimento e a competitividade do país, compromete a possibilidade de oferecer à população melhores condições econômicas e de bem estar social e às empresas melhores condições de infraestrutura e um ambiente de negócios mais estável. As ações anticorrupção no Brasil devem ser focadas em duas questões principais: na criação e fortalecimento dos mecanismos de prevenção, monitoramento e controle da corrupção na administração pública e na redução da percepção de impunidade, por meio de uma justiça mais rápida e eficiente, de modo a induzir a mudança do comportamento oportunista. De modo geral, é preciso aumentar a eficiência e intensificar o combate à corrupção no país, que deve ocorrer de forma permanente, com punições severas e imediatas.
(Excerto IV)
A agenda de proposta anticorrupção para o Brasil considera reformas institucionais e econômicas. Dentre as institucionais, destacamos a REFORMA POLÍTICA (grifo meu) em que é necessário reavaliar a questão da representatividade e o financiamento das campanhas eleitorais, A REFORMA JUDICIÁRIA (grifo) na qual é imprescindível a adoção de medidas que reduzam a percepção de impunidade e a REFORMA ADMINISTRATIVA com o objetivo de reduzir o poder discricionário do Executivo. Dentre as reformas econômicas, destacamos a reforma fiscal, buscando aumentar o controle sobre os processos licitatórios e os gastos públicos, a reforma do sistema tributário, a fim de torná-lo mais simples e transparente e a reforma microeconômica, visando fortalecer a independência e autonomia das agências reguladoras
Fonte: http://www.fiesp.com.br/agencianoticias
Gilmar Henrique