O cientista brasileiro, Miguel Nicolelis, de 49 anos, é considerado um dos maiores pesquisadores do planeta na área de neurociências e, por diversas vezes, lembrado para o Prêmio Nobel. Ele lidera pesquisas que podem, por exemplo, representar avanços históricos no tratamento do Mal de Parkinson e implantou em Natal um Instituto Internacional de Neurociências (IINN), que já captou investimentos superiores a R$ 100 milhões e que pretende ser a semente da futura “Cidade do Cérebro”, uma estrutura científica, cultural, econômica e social estimada em mais de R$ 1 bilhão. Não faltam, portanto, motivos para estímulo na carreira de Nicolelis. No entanto, ele revela uma decepção: desde a instalação do IINN, há sete anos, o Instituto nunca recebeu o apoio devido dos poderes públicos estadual e municipal, nem dos políticos potiguares em geral. O neurocientista que acredita que a força do pensamento pode superar as barreiras geográficas e, de certa forma, provou isso instalando um centro de conhecimento de ponta em um Estado pequeno como o Rio Grande do Norte, não esperava deparar com o obstáculo da “falta de visão”.
Para ver a entrevista completa visite o site: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/miguel-nicolelis-sinto-me-decepcionado/153883
A nossa classe política não pensa em outra coisa a não ser manter-se no poder, para defender interesses nem sempre legítimos e naturalmente empregar seus apanínguados. Para um projeto da envergadura deste IINN, a nossa elite(?) política não tem capacidade de encampa-lo e demonstrar o potencial de desenvolvimento que o mesmo pode nos proporcionar. Transformando não apenas este Estado, mas quem sabe a região. A edição n 396 da revista Problemas Brasileiro traz entrevista com o Prof Nicolelis. Eis um trecho em que fica claro o compromisso da Elite(?) estadual em relação ao IINN.
ResponderExcluirNEY FIGUEIREDO – Quando o instituto foi pensado, fui procurado em Natal, onde era consultor político, por um jovem chamado Luís Baccarat, que pediu meu apoio para sensibilizar as autoridades do estado em favor do projeto. Não tive a mínima receptividade. Disse até a Baccarat que o negócio estava fadado ao insucesso.
NICOLELIS – A classe política ainda não percebeu que, apesar dos políticos, estamos construindo um país.
NEY FIGUEIREDO – Exato. Voltei a Natal há pouco tempo para uma palestra e ninguém da elite potiguar me falou sobre o projeto. Fiquei sabendo dele por uma entrevista que o senhor deu à “Folha de S. Paulo” e nesta palestra.