Em muitas instituições de ensino que promovem atividades de pesquisa, é comum encontrarmos professores que promovem uma forte crítica ao neoliberalismo e ao seu discurso de incentivo à inserção da educação na esfera do mercado e ao fortalecimento da competição entre os seus profissionais com foco no aumento da produtividade, ou seja, a valorização do aspecto quantitativo que, em muitos casos, ocorre em detrimento da qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Apesar disso, é cada vez maior o número de instituições de ensino que procuram promover a valorização da produtividade por parte dos seus profissionais. Um exemplo disso é a publicação de editais de produtividade em pesquisa.
Veja o caso do Campus de Mossoró do IFRN. Para o ano de 2011, estão sendo oferecidas 3 bolsas onde o principal critério de avaliação é a qualidade do projeto. Por outro lado, são oferecidas 2 bolsas de produtividade em pesquisa para os professores. De acordo com o edital, 80% da pontuação do candidato é fruto da sua produtividade, ou seja, da quantidade de publicações que ele realizou, e apenas 20% da pontuação é fruto da qualidade do projeto.
Isso significa que um pesquisador pode ganhar uma bolsa para desenvolver determinada pesquisa mesmo que o seu projeto não possua a devida qualidade nem trate de um tema relevante para a instituição ou para a sociedade que financia essa instituição.
Além disso, esse tipo de edital incentiva a produtividade a qualquer custo, fazendo com que pesquisadores inescrupulosos façam uso das mais variadas artimanhas para rechear seu cirrículo lattes.
É opinião corrente nos meios acadêmicos e intelectuais que a pressão por publicações, a organização semi-industrial da pesquisa científica e a competição entre periódicos acadêmicos estão conduzindo a um relaxamento ético no setor, com aumento da frequência de fraudes, manipulações e deslizes.
Nesse senário, não é de se estranhar o surgimento de casos como o do professor Andreimar Martins Soares, docente em regime de dedicação exclusiva que, segundo o Estadão, foi demitido da Universidade de São Paulo (USP) por ser o autor de uma pesquisa considerada plágio de estudos de cientistas do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Apesar disso, é cada vez maior o número de instituições de ensino que procuram promover a valorização da produtividade por parte dos seus profissionais. Um exemplo disso é a publicação de editais de produtividade em pesquisa.
Veja o caso do Campus de Mossoró do IFRN. Para o ano de 2011, estão sendo oferecidas 3 bolsas onde o principal critério de avaliação é a qualidade do projeto. Por outro lado, são oferecidas 2 bolsas de produtividade em pesquisa para os professores. De acordo com o edital, 80% da pontuação do candidato é fruto da sua produtividade, ou seja, da quantidade de publicações que ele realizou, e apenas 20% da pontuação é fruto da qualidade do projeto.
Isso significa que um pesquisador pode ganhar uma bolsa para desenvolver determinada pesquisa mesmo que o seu projeto não possua a devida qualidade nem trate de um tema relevante para a instituição ou para a sociedade que financia essa instituição.
Além disso, esse tipo de edital incentiva a produtividade a qualquer custo, fazendo com que pesquisadores inescrupulosos façam uso das mais variadas artimanhas para rechear seu cirrículo lattes.
É opinião corrente nos meios acadêmicos e intelectuais que a pressão por publicações, a organização semi-industrial da pesquisa científica e a competição entre periódicos acadêmicos estão conduzindo a um relaxamento ético no setor, com aumento da frequência de fraudes, manipulações e deslizes.
Nesse senário, não é de se estranhar o surgimento de casos como o do professor Andreimar Martins Soares, docente em regime de dedicação exclusiva que, segundo o Estadão, foi demitido da Universidade de São Paulo (USP) por ser o autor de uma pesquisa considerada plágio de estudos de cientistas do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O estudo foi publicado em 2008 e o caso, revelado em 2009. Na época, a USP abriu uma sindicância para apurar a denúncia da UFRJ. A pesquisa usava três imagens de microscopia eletrônica idênticas às publicadas em artigos da UFRJ, em 2003 e 2006. Não havia menção à UFRJ nem crédito à instituição.
O artigo envolveu 11 pesquisadores - entre eles, a ex-reitora Suely Vilela. Segundo a USP, os outros não foram punidos porque são coautores e, portanto, sem responsabilidade no plágio.
Além de Soares, foi punida Carolina Dalaqua Sant"Ana, que perdeu o título de doutora. Ela é autora de uma tese de doutorado orientada pelo professor - foi essa pesquisa que embasou o estudo que usou as três imagens. Soares e Carolina não foram localizados pela reportagem.
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