O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira elevar a taxa Selic para 10,25% ao ano, o que representa um aumento de 0,75 ponto porcentual.
Durou pouco o “sonho” da taxa de juros de países desenvolvidos por aqui. No ano passado, a Selic entrou em uma trajetória de queda por conta da crise internacional. A economia precisava de estímulos e o corte nos juros fez parte do pacote de socorro. A Selic, então, caiu de 13,75% em setembro de 2008 para 8,75% em julho de 2009, patamar em que permaneceu até a reunião de abril deste ano, quando voltou a ser elevada em 0,75 ponto percentual pelo Copom.
Ao elevar a taxa Selic o Copon espera manter a inflação sob controle, pois juros maiores contribuem para a redução do consumo das famílias e, com um consumo menor, espera-se que a pressão sobre os preços também diminua, reduzindo-se os riscos de que o país apresente índices de inflação acima da meta definida para o ano de 2010.
Sempre que o Brasil começa a apresentar índices de crescimento mais elevados surge a ameaça da inflação, pois problemas como falta de mão-de-obra qualificada e baixos investimentos na produção fazem com que a quantidade de produtos colocados no mercado seja insuficiente para atender a procura dos consumidores., provocando a elevação dos preços.
Quando o Brasil vai conseguir sair dessa armadilha e crescer de forma sustentada, com inflação controlada e uma taxa de juros mais baixa, semelhante às taxas de países como Chile ou Japão?
Além disso, ao elevar a taxa Selic o Brasil compromete uma quantidade cada vez maior de recursos com o pagamento de sua dívida pública.
De acordo com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), considerando apenas seu aspecto interno, a dívida pública saltou de R$ 60 bilhões em 1995 para R$ 2 trilhões em 2009,. Nesse período o Brasil pagou R$ 1 trilhão apenas em juros e amortizações dessa dívida.
Ainda de acordo com o PSOL, somente no ano passado, R$ 380 bilhões foram alocados para juros e amortizações. Isso representou 36% do orçamento do país. Enquanto isso, foram destinados apenas 2,8% para educação e 4,8% para saúde.
Diante desse quadro fica a pergunta: O que é realmente prioridade para o governo brasileiro?
Diante desse quadro fica a pergunta: O que é realmente prioridade para o governo brasileiro?
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