A eleição presidencial de 1989 foi um momento esperado há muitos anos por todos os brasileiros. Finalmente o povo iria às urnas escolher através do voto direto, seu presidente. Talvez por conta da novidade, o país podia escolher entre 22 nomes.
Os eleitores tinham opções que percorriam todo o lastro ideológico, de Paulo Maluf (PDS) a Lula (PT), passando por Ulysses Guimarães, Enéas, Collor, Mário Covas e Brizola.
Até Silvio Santos tentou ser candidato, mas teve sua condidatura impugnada.
Ao que parece, as eleições presidenciais de 2010 serão marcadas pela ausência de idéias explicitamente contrastantes.
Partidos como Democratas e PMDB preferem se aliar aos potenciais vencedores e usufruir das benesses de uma possível vitória dos seus candidatos
É uma vergonha ver partidos com enorme peso eleitoral em todo o país vivendo das migalhas do PT e do PSDB.
Alguém precisa avisar a esses partidos que existe segundo turno. Eles podem lançar um candidato e, caso não consigam ir para o segundo turno, podem voltar correndo para baixo das asas do PT/PSDB.
Por falar neles, os dois candidatos que lideram as pesquisas mais parecem atores do que políticos. Dirigidos por seus marqueteiros, fingem uma simpatia que claramente não possuem. Tudo programado para agradar ao eleitor médio.
Autenticidade?
Talvez a gente encontre um pouco disso na Marina. Vamos esperar para ver.
É uma pena que candidatos como Ciro Gomes, Cristovam Buarque e Heloísa Helena não irão disputar essas eleições.
A falta de pluralidade de idéias pode levar ao que Ciro Gomes definiu como "uma esclerose precoce da nossa democracia", já que as alternâncias de poder (quando ocorrem) pouco representam em termos de mudanças concretas.
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